Palestra explora escuta ativa qualificada para práticas colaborativas
Clara Passi
Habilidade central para as práticas colaborativas no Direito, a escuta ativa qualificada foi tema de uma palestra nesta quarta-feira, 17, na Seccional. Lívia Caetano, advogada de Família especializada em práticas sistêmicas e constelação familiar e presidente da Comissão Especial de Práticas Colaborativas da OAB/RJ foi encarregada de conduzir a discussão.
A plateia, que lotou o Plenário Carlos Maurício, foi instada a participar constantemente por meio de exercícios e intervenções. Trechos do documentário Humano, de Yann Arthus-Bertrand (2016), foram usados como gatilho para o debate sobre a expressão não-verbal da fala e os sentimentos que os movem.
“Escuta ativa consiste em ouvir para identificar. É preciso calar-se por dentro. Ouvir o outro, que é tão diferente da gente, é um trabalho de amor de verdade. Como podemos conseguir olhar com amor ao ponto de conseguir amar alguém que matou minha filha e minha neta?”, provocou Caetano, citando um dos relatos mostrados pelo filme.
Aplicáveis a conflitos de natureza familiar, cível e empresarial, as práticas colaborativas são um método não adversarial de resolução de controvérsias, pautado na recusa à litigância e calcado no diálogo e na busca de acordos sustentáveis.