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Justiça Itinerante marca presença no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

                                  Vanessa Timóteo da Silva ao lado do noivo     Realizada. Foi assim que a transexual Vanessa da Silva, de 26 anos, se sentiu nesta terça-feira (28/06), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Ela finalmente conseguiu mudar o seu registro civil através do atendimento do ônibus do projeto Justiça Itinerante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos. Noiva há dois anos de Antônio Carlos do Santos, de 28 anos, ela comemorou a mudança tão esperada para selar a união.   “Há muito tempo espero por espero por esse momento. Esse é o pontapé inicial para o casório e, depois, cuidar do filho do meu noivo, de 8 anos, que perdeu a mãe para o câncer. Já venci muitos preconceitos, barreiras. Sinto-me realizada, sendo ouvida e acolhida. Vou amar muito a minha família porque vou ter a chance de escrever uma nova história”, destacou.   A iniciativa também proporcionou  a Ivoni Conceição Campos Santos, mãe de Demétrio Campos Santos, a retificação pós-morte do filho, que viveu a realidade do preconceito por ser um homem negro e trans até cometer suicídio em 2020.    “Estou confortada de conquistar essa retificação do nome dele depois de ter a vida abreviada por sofrer com o racismo e a transfobia. É de suma importância para comunidade LGBTQIA+ a necessidade da retificação. É um direito”, defendeu.                                         Gêmeas influencers Alexia e Alicia: "Sem luta não há vitória" Sem luta, não há vitória. Com essa frase, as irmãs ‘influencers’ “Gêmeas Gama” definiram a alegria de uma terça-feira especial em suas vidas. Alexia e Alicia Gama aguardaram ansiosas na fila a hora da conquista especial: a modificação de seus nomes.    “Eu e a minha irmã somos a prova de que é possível conquistar as coisas e ficamos felizes de ter um público que acompanha nosso trabalho no ‘Tik Tok’. A nossa trajetória na internet começou há três anos e foi uma caminhada difícil. Somos nascidas e criadas por uma família de evangélicos, na Baixada Fluminense, fomos expulsas de casa. As pessoas não acreditavam na gente. O recurso da internet possibilitou que abordássemos assuntos transexuais e, assim, inspirar outras meninas trans. Conseguimos através da internet ganhar voz e nos sustentar através dela. Só temos a agradecer”, ressaltou Alexia.   Para o juiz André Brito, responsável pelo ônibus da Justiça Itinerante em Manguinhos e presente na ação desta terça-feira (28/6), a data representa a continuidade de uma luta.   “A gente atende a uma média de dez pessoas por visita e, em datas como essa, cerca de trinta atendimentos são feitos. Nós aprendemos a lidar com outros tipos de demanda, como modificar a primeira requalificação, fazer mudanças ‘post mortem’ e retirada do nome do genitor em casos em que os requerentes foram vítimas de abuso”, ressaltou o magistrado.   A desembargadora Cristina Teresa Gaulia, diretora-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) considera a data festejada nesta terça-feira emblemática.   “Essas datas ratificam o papel de toda a sociedade civil pela luta de melhoria das condições de igualdade, de dignidade das pessoas, do direito de serem diversos e pela conquista de direitos fundamentais efetivamente concretizados. É necessário essa pauta se dissolver na medida em que as pessoas LGBTQIA+ possam colocar seus pleitos de justiça em qualquer lugar”, enfatizou.   SV/FS/MB   Fotos: Brunno Dantas
28/06/2022 (00:00)
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