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Empreendedorismo acima de 50 anos foi debate no TRT/RJ

Na última sexta-feira (23/10), o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ), por meio de sua Secretaria de Gestão de Pessoas, promoveu um debate sobre empreendedorismo com foco nas pessoas acima de 50 anos. A palestra “Empreendedorismo: uma mudança de olhares” fez parte da nona edição do AposentadoRia, evento on-line que aconteceu de 19 a 23/10 a fim de proporcionar reflexão e planejamento para a vida após a aposentadoria. Nos cinco dias do encontro - que contou com a parceria da Escola Judicial do TRT/RJ (EJ1) e da Associação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal (Anajustra Federal) -, foram debatidos diversos assuntos visando à transição saudável para essa nova fase da vida: aspectos legais, psicológicos, emocionais, familiares e de integração social; saúde e nutrição; e educação financeira.   A psicóloga especialista em Gestão de Pessoas e pós-graduada em Projetos Sociais Glauciane Hilário introduziu o debate sobre empreendedorismo com a evolução das carreiras. De acordo com a psicóloga, existem quatro modelos de carreiras: a tradicional (modelo antigo); a carreira da era digital (modelo novo); a carreira “50 mais”; e a carreira empreendedora.   O modelo tradicional de carreiras simbolizava o avanço de uma pessoa desde o início de sua faculdade até a aposentadoria, passando pelo estágio no mercado de trabalho, pela entrada no mercado profissional e por pausas para cursos de extensão e certificações, como pós-graduação e “MBA” (Master in Business Administration). Nesse modelo linear, a aposentadoria fechava o ciclo da carreira, a qual durava, em média, 26 anos.   No modelo de carreira da era digital, os profissionais passam a ser polivalentes, atuando em mais de uma área. “Hoje não faz mais sentido o pensamento de ‘sou psicóloga e vou me aposentar como psicóloga’. Na maioria das profissões do futuro, o profissional não vai mais precisar estudar 4, 5, 7 anos, pois são profissões que vão exigir ou micro formação ou autodidatismo”, explicou Glauciane. Especialista em conteúdo digital, analista de inteligência artificial, arquiteto de nuvem, gerente de sustentabilidade e piloto de drone são exemplos de profissionais que não necessariamente precisam de uma formação. Ainda segundo a palestrante, o indivíduo passa a gerir a sua própria carreira, com foco na mudança e na aprendizagem contínua. “Hoje não paramos mais de estudar. Não vai mais existir ex-aluno, pois seremos alunos pelo resto da vida. A era digital, com a tecnologia, propicia a atuação multidirecional e muda um pouco a lógica do mercado de trabalho. A geração que está vindo terá entre cinco e seis carreiras ao longo da vida. Mas para sobreviver nessa era digital, é preciso inovar”, defendeu a empreendedora, fundadora de uma empresa de recolocação de profissionais sênior no mercado de trabalho.   Já no modelo de carreira “50 mais”, o grande diferencial é que a aposentadoria passa a ser uma etapa do ciclo produtivo, em razão da evolução da longevidade. De acordo com a especialista, essa evolução foi responsável para que pessoas com 50 anos ou mais possam empreender. A psicóloga mencionou que a expectativa de vida, no Brasil de 1900, era de 33 anos; já em 2020, essa média subiu para 76 anos, o que representa 40 anos a mais de vida. Segundo Glauciane, duas dessas décadas ainda serão de vida produtiva, o que não significa retorno ao mercado de trabalho, mas sim resgatar sonhos e desenvolver atividades como trabalhos voluntários ou quaisquer outras que permitam que a mente da pessoa continue ativa: “Os ‘50 mais’ estão aptos a aprender coisas novas e, inclusive, ter novas profissões. Com o autodidatismo e as micro formações, é possível chegar aos ‘75/80 mais’ empreendendo e atuando em outras profissões”.   Para corroborar sua explanação, a especialista trouxe dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): no Brasil, 23,72% das empresas foram abertas por pessoas na faixa etária entre 45 e 54 anos e 17,35% delas, por pessoas entre 55 e 64 anos. Em seguida, a psicóloga apontou os principais modelos de negócio, encorajando o público, formado, em sua maioria, por servidores públicos que estão a até quatro anos do direito de requerer a aposentadoria:  franquia (possibilidade de competir com grandes empresas e necessidade de maior investimento); empreendedorismo social (vontade de fazer algo de bom pelo mundo, aliado a ganhar dinheiro); empreendedorismo informal (prática de atividade sem formalização segundo as regras do governo, como fazem os ambulantes); empreendedorismo digital (modelo que mais cresce no Brasil e no mundo e usa o ambiente digital da internet como espaço para fazer negócios, como as “startups”); empreendedorismo coorporativo (intraempreendedorismo, no qual o funcionário empreende novos projetos na empresa em que trabalha); empreendedor individual (empreendedor informal que se formalizou através do “MEI” (micro empresa individual)).   Sobre o AposentadoRia   O TRT/RJ iniciou o programa AposentadoRia em 2010, por meio de eventos anuais, com palestras de profissionais especializados em temas relacionados a possibilidades de atuação pós-carreira, projetos de vida e de bem-estar. O programa é voltado a magistrados e servidores que estejam a até 4 (quatro) anos de implementar as condições para obtenção da aposentadoria voluntária ou compulsória, ou que já as tenha implementado, conforme determina a Resolução nº 132/CSJT de 6 de dezembro de 2013, e as recomendações da Organização Internacional do Trabalho e da Organização das Nações Unidas.   O objetivo do programa é preparar servidores e magistrados para uma nova fase de suas vidas, de forma que possam percebê-la com naturalidade, propiciando um espaço de reflexão sobre o trabalho como uma atividade que pode ir além do foco da institucionalização e seu significado na vida dos participantes, além de: orientar e oferecer conhecimentos sobre o envelhecer; construir uma rede de suporte às questões relativas ao tema; fornecer subsídios para a decisão em relação à melhor época para sua aposentadoria; contribuir para a construção de um projeto de vida, com o desenvolvimento de novos papéis sociais.   Em 2020, o programa alcançou sua nona edição, a primeira no formato on-line (e, portanto, aberta a todos os interessados), ante a impossibilidade de realização de reuniões presenciais em virtude da pandemia do novo coronavírus. Todas as palestras desta edição estão disponíveis no canal da Escola Judicial do TRT/RJ no YouTube. Confira os palestrantes e os tópicos abordados:   19/10 - Abertura com a diretora da SGP, Sônia Regina de Freitas Andrade; o diretor da EJ1, desembargador Marcelo Augusto Souto de Oliveira; e o secretário-geral da Diretoria da Anajustra, Alexandre Saes. - Aspectos psicológicos, emocionais, familiares e de integração social que podem advir com a aposentadoria. Palestrante: Juliana Seidl - psicóloga, especialista em Psicologia Organizacional, mestre em Psicologia do Trabalho e doutora em Psicologia Social.   20/10 - Aspectos legais da aposentadoria. Palestrante: Lucio Araujo Braz de Oliveira - gestor da Divisão de Conformidade de Folha de Pagamento (Dicof)/Coordenadoria de Pagamento do TRT/RJ, bacharel em Direito.   21/10 - Saúde e nutrição. Palestrante: Valéria Lobato Guimarães - nutricionista, pós-graduada em Fitoterapia Contemporânea e em Nutrição Clínica Funcional.   22/10 - Educação financeira. Palestrante: Jorge Penna da Fonte - instrutor de Educação Financeira.    
26/10/2020 (00:00)
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