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O juiz Eduardo Marques Hablitschek, da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, revogou nesta quinta-feira, dia 19, a prisão preventiva de Pablo Dias Bessa Martins. Artista de circo, ele foi um dos 159 detidos em uma operação policial, realizada no último dia 7, de combate à milícia que age na região. Primeiro do grupo a ser solto, Pablo vai responder à ação penal em liberdade. Ao fundamentar sua decisão, o juiz destacou que a documentação apresentada mostra que Pablo “é primário, não possui antecedentes criminais, tem residência fixa e é profissional circense”. Segundo o magistrado, os documentos juntados aos autos mostram que o investigado possui vínculo profissional de prestação de serviços com a empresa Up Leon Entertainment e está com viagem de trabalho marcada para 24 de abril com destino a Estocolmo, na Suécia, cujo bilhete aéreo foi anexado ao processo. “No caso de Pablo, o fator que o diferencia de todos os outros presos é a comprovação documental de que passa a maior parte de sua vida, atualmente, fora do país. Com isso, resta demonstrada a fragilidade dos laços que mantém em sua terra natal, especialmente o suposto envolvimento em atividade criminosa”, escreveu o juiz na decisão. Ainda segundo o magistrado, a situação dos demais presos será analisada caso a caso, como determina a lei. Os 159 homens foram presos num sítio durante uma festa que, segundo a polícia, era realizada em homenagem a Wellington da Silva Braga, o “Ecko”. Investigado por integrar organização criminosa armada com atuação na prática de milícia privada na Zona Oeste, ele teria escapado. Durante a operação, quatro homens armados com fuzis foram mortos após troca de tiros com a polícia. No local houve a apreensão de 24 armas de fogo, dentre elas fuzis, pistolas, revólveres, granada, 76 carregadores, 1.265 munições de calibres variados, coletes balísticos, fardamentos e toucas ninjas. Também foram apreendidos nada menos que 11 veículos. Processo 0080629-26.2018.8.19.0001 AB/JM
Fonte:
TJ Rio de Janeiro
19/04/2018 (00:00)